quinta-feira, 31 de março de 2011

Ferreira do Zêzere vai ter marcha atlética no dia 2 de Abril

No próximo sábado a Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere vai organizar, a partir das 16.00 horas, a 8.ª Légua de marcha Atlética, em colaboração com o Clube de Atletismo de Ferreira de Zêzere e o apoio técnico da Associação de Atletismo de Santarém.
As partidas e chegadas das provas, destinadas a todos os escalões etários e cujo regulamento está disponível na secção “Calendário”, terão lugar no centro da Vila de Ferreira do Zêzere, num circuito de 500 metros, devidamente certificado pela CNEC (Comissão Nacional de Estrada e Corta-Mato), estrutura ligada à Federação Portuguesa de Atletismo.
Serão distribuídos troféus aos primeiros cinco atletas classificados nas provas de seniores, masculinos e femininos, e aos três primeiros nos restantes escalões, além de prémios monetários aos melhores atletas da classificação geral nas provas da légua.
Para o fim da sessão estará reservada a realização de uma prova aberta, designada por “1 km pela saúde” e destinada a todos os que queiram participar, correndo ou caminhando, com lembranças para todos.
Já venceram a competição, nos seniores masculinos (5 km), Augusto Cardoso, em 2004 (20.24), João Vieira em 2005 (21.01), 2006 (21.05), 2007 (19.42), 2008 (19.58) e 2009 (19.52), e Sérgio Vieira, em 2010 (21.03).
Nos seniores femininos (5 km), Inês Henriques triunfou em 2004 (23.11), 2006 (22.08) e 2007 (22.17), e Vera Santos, em 2005 (23.19), 2008 (21.42), 2009 (22.04) e 2010 (21.34).
De assinalar a capacidade empreendedora de Luís Graça, professor de Educação Física e treinador de atletismo que nos últimos anos tem colocado centenas de crianças e jovens a praticar a actividade física em Ferreira do Zêzere.

Rumo a Olhão – revisitando a Taça da Europa de Marcha de 2005 (VI edição)

Foto: Câmara Municipal de Miskolc
Em 21 de Maio de 2005, Miskolc (Hungria) acolheu a sexta edição da Taça da Europa de Marcha, competição que contou com a participação de 267, atletas em representação de 29 países.
Realizada sob agradáveis condições atmosféricas, de 18 graus centígrados no começo dos 50 km a 24 graus e céu limpo, o evento caracterizou-se pelo domínio da Rússia (vitórias individuais e colectivas), íamos a escrever absoluto não fosse a circunstância de apenas numa das provas do programa, os 20 km femininos, o título colectivo lhes ter fugido e precisamente para a nossa excelente selecção nacional feminina.
Portugal apresentou-se com 11 atletas. O brilhante título feminino nos 20 km, o excelente resultado da Susana Feitor (2.ª) e as prestações das outras atletas – Vera Santos (7.ª), Maribel Gonçalves (16.ª) e Inês Henriques (17.ª) – foram os factos positivos mais marcantes para a delegação lusa.
Nos 20 km homens, João Vieira, o único representante português, desistiu. Nos 50 km participaram Pedro Martins (20.º), António Pereira (21.º), Augusto Cardoso (24.º) e Jorge Costa (34.º). Portugal classificou-se num meritório 5.º lugar.
Nos 10 km juniores femininos, Fátima Rodrigues foi 13.ª e Catarina Godinho, 20.ª, possibilitando à equipa portuguesa situar-se no 6.º lugar entre 18 países.
Vencedores individuais, os russos Ilya Markov, nos 20 km masculinos (1.20.50), Aleksey Voyevodin, nos 50 km (3.41.03), Olimpiada Ivanova, nos 20 km femininos (1.28.18), Andrey Ruzavin, nos 10 km juniores masculinos (39.57) e Vera Sokolova, nos 10 km juniores femininos (44.09).
A delegação portuguesa foi chefiada por Fernando Boquinhas e enquadraram os atletas os treinadores Jorge Miguel, Paulo Murta e José Magalhães. Luís Graça (treinador da júnior Catarina Godinho) acompanhou a equipa a expensas próprias. O médico foi Pedro Branco e o fisioterapeuta, João Martins.
Luís Dias foi o delegado técnico, nomeado da Associação Europeia de Atletismo, integrando ainda o júri de apelo, com Peter Marlow (Grã-Bretanha) e Imre Mátraházi (Hungria). O delegado para o doping foi Károly Pikó (Hungria). Na prestigiante função, o delegado português contou com a preciosa colaboração de Sándor Káli (presidente da Câmara Municipal de Miskolc), Katalin Melkovics (directora geral), Barbara Zsarka (área dos assuntos internacionais) e István Kollár (director da competição), que contribuíram decisivamente para o sucesso organizativo.
Os juízes de marcha designados pela Associação Europeia de Atletismo foram os seguintes: Rolf Müller (Alemanha), o juiz-chefe, Anne Froberg (Finlândia), Can Korkmazoglu (Turquia), Frederic Bianchi (Suíça), Hans van der Knaap (Holanda), Jean-Pierre Dahm (França), Jordi Estruch (Espanha), Miloslav Lapka (República Checa) e Noel Carmody (Grã-Bretanha).
Finalmente, de referir que a Associação Europeia de Atletismo levou a efeito, durante do período da realização da Taça da Europa, um curso para juízes de marcha de área (nível II da AIFA) com certificação para um período de quatro anos, tendo o grupo sido avaliado nas sessões práticas, actuando “por fora” nas provas dos 50 km e de juniores. Estiveram aí, em avaliação, os juízes portugueses Ana Toureiro, André Brito, Eduardo Gonçalves, João Pires e José Ganso.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Convívio desportivo e gastronómico na Vila da Sertã

Fotos: GDSD e "O Marchador"
Como anunciado, teve lugar no passado sábado, 26 de Março, nas principais artérias da Sertã, uma actividade promocional da marcha atlética e ainda uma caminhada, iniciativas integradas no 8.º Grande Prémio do Pinhal e levadas a efeito pelo Grupo Desportivo de São Domingos.
Associaram-se à promoção da disciplina a atleta olímpica da Lituânia, Kristina Saltanovic, os atletas do Sport Lisboa e Benfica, Pedro Isidro e Ana Raquel Santos, bem como vários outros atletas de diferentes clubes, contando-se entre as delegações mais numerosas, as do Centro de Atletismo das Galinheiras e do Grupo Desportivo de S. Domingos.
Tratou-se de uma agradável jornada de confraternização que, por sorte, foi realizada em condições atmosféricas aceitáveis, o que já não se verificou com o programa de provas de corrida a que se seguiu, este sob intensa chuva e algum frio. Curiosamente na prova principal masculina na distância de 8 km participaram, não a correr mas a marchar, atletas da Estremadura espanhola, entre os quais, os conhecidos Leonardo Toro e Antonio Polo.
Uma das melhores partes do programa de festividades estava reservada para o final, o jantar, com o saborear de alguns dos mais tradicionais pratos da gastronomia regional como, por exemplo, o maranho, especialidade da cozinha tradicional portuguesa, concretamente da região da Beira Baixa, e que consiste num pequeno saco feito de um bocado de bucho de cabra, recheado com cebola, presunto e arroz e fortemente condimentado com hortelã, colorau, salsa, etc...

Juízes de marcha nomeados para Rio Maior

Juizes internacionais de marcha e delegado da AIFA em 2010.
O Grande Prémio de Rio Maior, prova integrada no Challenge da AIFA, terá a presença de juízes internacionais de marcha de cinco países, de acordo, aliás, com as regras estabelecidas para este tipo de competições e que a organização do evento tem cumprido integralmente.
É a seguinte a equipa de juízes de marcha que terá a importante missão de fazer respeitar a regra 230 do regulamento da AIFA:
José Dias (Portugal), juiz-chefe (*)
Anne-Christine Blachère (França)
Catharine Telling (Grã-Bretanha)
Dolores Rojas (Espanha)
Joaquim Graça (Portugal)
Nicola Maggio (Itália)
Assistente do juiz-chefe: Ana Toureiro
Secretários: José Ganso e Paulo Marques
Operador dos quadros de faltas: Francisco Franco.
O delegado nomeado pela AIFA é Peter Marlow (Grã-Bretanha), presidente do Comité de Marcha da Associação Europeia de Atletismo (AEA) e membro do Comité de Marcha da Associação Internacional de Federações de Atletismo (AIFA).
O director da competição é Eduardo Gonçalves (presidente da Associação de Atletismo de Santarém), a directora de reunião Maria Patrocínio Pires (presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Atletismo de Santarém), o juiz-árbitro Paulo Saldanha e o júri de apelo é constituído por Eduardo Gonçalves, Maria Patrocínio Pires e Luís Ervideira.
 (*) O juiz-chefe de marcha actuará como supervisor da competição e terá o poder de desclassificar um atleta nos últimos 100 metros quando, pelo seu modo de progressão infrinja, de forma óbvia, a definição de marcha (regra 230.1), independentemente do número de “cartões vermelhos” ou “notas de desclassificação” que tenha recebido relativamente a esse atleta.

terça-feira, 29 de março de 2011

Portugal já tem pré-selecção para os 50 km da Taça da Europa

Com um dia de atraso relativamente à data indicada no documento da FPA designado por “Critérios de selecção para competições internacionais de 2011” foram divulgados os nomes de três atletas pré-seleccionados para os 50 km da Taça da Europa, a realizar em Olhão, a 21 de Maio de 2011.
Jorge Costa (CO Pechão - Algarve), António Pereira (Individual - Porto) e Pedro Martins (CA Seia - Guarda) foram os escolhidos, tudo apontando no sentido de que, apesar da sua condição de “pré-seleccionados”, alinhem à partida dos 50 km marcha.
Em aberto estará a possibilidade da selecção de um quarto atleta, o que, a verificar-se, ocorrerá após a realização do Grande Prémio Internacional de Rio Maior, em 9 de Abril.
O nome do quarto atleta, se indicado pelo director-técnico nacional, sairá certamente dos seguintes quatro elementos que completaram a distância no período de 1 de Janeiro de 2010 a 27 de Março de 2011: Augusto Cardoso (ADR Palhaça – Aveiro), Dionísio Ventura (Ferreira Activa - MAFA – Beja), Luís Gil (CS Marítimo – Madeira) e Pedro Isidro (SL Benfica – Lisboa).

César Moreno Bravo (México)

César Moreno.
Foto: Atlétismo en México

Personalidade destacada no dirigismo do atletismo mundial, César Moreno é hoje aniversariante, motivo pelo qual a equipa do blogue «O Marchador» lhe envia um forte abraço de parabéns. Feliz «cumpleaños»!
É membro do Conselho da AIFA (Associação Internacional de Federações de Atletismo) desde 1991 e ainda presidente do Comité de Veteranos da mais alta instância do atletismo mundial.
Aos 18 anos de idade foi atleta especialista nos 400 metros e, entretanto, concluiu o curso universitário na área da Educação Física desempenhando, durante largos anos, funções directivas no Instituto Nacional de Educação Física do México.
Aproximam-se os Jogos Olímpicos da Cidade do México (1968) e aceita o convite para coordenar o atletismo mexicano nesse grande evento. César Moreno e a sua equipa de trabalho, grande parte dela, jovens estudantes, desempenham trabalho meritório. É eleito presidente da Federação Mexicana de Atletismo para o período de 1983 a 1988.
Como notas mais relevantes de uma longa e valiosa carreira desportiva, César Moreno desempenhou funções  de delegado técnico de atletismo nos Jogos Olímpicos de 2004 (Atenas) e de 2008 (Pequim), formando equipa com Jorge Salcedo (Portugal) e Bill Bailey (Austrália). Antes já fora delegado técnico da AIFA em muitas outras competições continentais, incluindo os mundiais de juniores realizados em Lisboa, em 1994.
Um dos elementos da AIFA que de mais perto tem acompanhado a evolução da marcha atlética, César Moreno foi quem presidiu ao grupo de trabalho que estudou e implementou medidas consideradas necessárias e que se revelaram eficazes no esbater da nuvem ameaçadora para a especialidade, que se instalou no seio do Comité Olímpico Internacional, logo após os Jogos Olímpicos de Sydney.
César Moreno tem tido sempre uma atitude de grande respeito e consideração pela marcha atlética, revelando nos contactos que estabelece com os agentes da especialidade uma conduta de fino trato e disponibilidade para se encontrar as melhores condições para o sucesso da disciplina no panorama internacional.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Cristian Berdeja triunfa nos 50 km da Taça Pan-americana de Marcha

Cristian Berdeja. Foto: Mexsport
A XV Taça Pan-americana de Marcha teve ontem (domingo) o seu último dia de provas com a disputa da sempre difícil distância de 50 km marcha. Foi uma jornada muito positiva para a marcha atlética no continente americano, com a participação recorde de 123 atletas.
Os 50 km foram ganhos por Cristian Berdeja (México, na foto), com 3.59.14 h, seguido de muito perto por Hernando Hernández (Colômbia), com 3.59.40 h, com o terceiro classificado, Jaime Saquipay (Equador), a cortar a meta com o tempo de 4.01.20 h. Os brasileiros Cláudio Richardson (4.22.46) e Samir Sabadin (5.40.08) terminaram nas 7.ª e 13.ª posições, respectivamente. Por equipas, o triunfo sorriu à equipa anfitriã, a Colômbia, com 11 pontos, seguida do México, com 15 pontos.
Globalmente, a Colômbia e o México foram os grandes triunfadores do evento. A equipa «da casa» obteve 9 medalhas (6 individuais e 3 colectivas) e o México outras 9 medalhas (4 individuais e 5 colectivas). As outras nações que entraram no rol de medalhas foram o Peru (3), o Equador (2), a Guatemala (2), os EUA (1) e a Bolívia (1).

Matej Tóth triunfa na «cinquentada» de Dudince

Matej Tóth, dobrando um concorrente.
Foto: Pefo
O eslovaco Matej Tóth tornou-se este sábado o 27.º marchador a baixar das 3h40 nos 50 km marcha, ao vencer a prova dessa distância da 19.ª edição do Grande Prémio de Dudince, com 3.39.46 h, marca que constitui recorde da Eslováquia e é a melhor mundial do ano em estrada.

Apresentado à partida como o principal favorito desta competição integrada no Challenge Mundial de Marcha, Tóth não deixou os créditos por mãos alheias e cedo tratou de impor um ritmo que mais nenhum concorrente acompanhou. Ao longo de  várias léguas, o vencedor dos 50 km da Taça do Mundo de 2010, em Chihuahua, manteve a expectativa de superar a melhor marca do torneio, na posse do francês Johann Diniz desde que, em 2009, ali venceu com 3.38.45 h.

No entanto, nas voltas finais, o desgaste e a força do vento impediram os intentos do eslovaco, apesar de não inviabilizarem nem a vitória nem a elevada qualidade da marca final.

Mais de seis minutos depois de Tóth terminaria o primeiro de quatro polacos consecutivos, Rafal Fedaczynski, com 3.46.05 h e o título de campeão da Polónia, que ali se disputava. O pódio da prova seria completado pelo compatriota Rafal Szykora, com mais nove segundos.

Em competição encontrava-se igualmente o português António Pereira, que acabaria desclassificado, apesar de ter completado a distância.

No sector feminino, com nada menos que 67 atletas à partida, a irlandesa Olive Loughnane impôs-se sobre toda a concorrência nos 20 km e triunfou com 1.32.40 h. Retomando a competição de alto nível após a desistência nos europeus de Barcelona do Verão passado, a actual vice-campeã mundial não precisou de mais para relegar para as posições secundárias a checa Zuzana Schindlerovà (1.33.51) e a ucraniana Nadya Borovska (1.33.59), suas companheiras de pódio.

Também da Ucrânia veio o vencedor dos 20 km masculinos, Andriy Kovenko, com 1.21.44 h, adiante de Carsten Schmidt (Alemanha, 1.24.39) e de Predrag Filipovic (Sérvia, 1.26.30).

domingo, 27 de março de 2011

Colômbia, México e Peru: vitórias na Taça Pan-americana

Éider Arévalo venceu nos juniores masculinos.
Foto: El Colombiano
A XV Taça Pan-americana de Marcha teve a primeira jornada no dia de ontem (sábado), na Colômbia, com a presença de 17 países.
Nos 20 km masculinos, triunfo claro do México (12 pontos), seguido dos EUA (39) e do Equador (41).

Nos 20 km femininos, a Colômbia ( 10 pontos) levou a melhor, com três das suas atletas a colocarem-se nos primeiros cinco postos. O 2.º lugar foi para o  México (24 pontos) e o 3.º lugar para o Equador (36 pontos).

Nas provas de juniores (10 km), a Colômbia (3 pontos) dominou no sector masculino com os irmãos Arévalo nas duas primeiras posições, indo os segundo e terceiro lugares para o México (7) e o Equador (17). No sector feminino, triunfo do Peru, com 5 pontos. As restantes posições do pódio foram ocupadas pelo México, com 7 pontos, e pela Bolívia, com 12 pontos.

Factos a merecerem notas de destaque foram o novo recorde sul-americano de 10 km juniores obtido pelo colombiano Éider Arévalo  (dorsal 41), vencedor da última Taça do Mundo de Chihuahua, com 40.40 minutos, superando a anterior marca de 41.09 m (Corunha 1998) do equatoriano Xavier Moreno, e a presença do México no pódio colectivo das quatro competições realizadas (uma vitória e três segundos lugares).

Indica-se de seguida os resultados dos três primeiros de cada uma das provas fazendo-se ainda referência às prestações dos atletas brasileiros.

20 km masculinos:
1.º Luis López (Colômbia), 1.25.04
2.º Erick Garcia (Guatemala), 1.25.56
3.º Giovanni Torres (México), 1.26.18
10.º Caio Bonfim (Brasil), 1.31.00

20 km femininos:
1.ª Jamy Amarilis Núñez (Guatemala), 1.36.04
2.ª Arabelly Orjuela Sánchez (Colômbia), 1.36.12
3.ª Ingrid Hernández Castillo (Colômbia, 1.37.18
4.ª Cisiane Dutra Lopez (Brasil), 1.38.02
8.ª Erica Rocha de Senaga (Brasil), 1.38.45

10 km juniores masculinos:
1.º Éider Arévalo (Colômbia), 40.40
2.º José Arévalo (Colômbia), 41.51
3.º Jesus Vega (México), 42.29
16.º Jean Rominhuk (Brasil), 49.06
18.º Hudson Santos (Brasil), 50.09

10 km juniores femininos:
1.ª Yanelli Caballero (México), 47.23
2.ª Gabriela León (Peru), 49.13
3.ª Yuli Coronación (Peru), 49.34
15.ª Jessica Souza (Brasil), 58.00
16.ª Andressa Silva (Brasil), 58.17
       


sábado, 26 de março de 2011

Novo painel de Juízes de Marcha da América Central

Foto: Cándido Velez
São já conhecidos os resultados da certificação de juízes de marcha realizada nos dias 24 a 27 de Fevereiro, em São Salvador.
Dos 22 participantes, 9 foram propostos para integrarem o futuro painel de juízes de marcha de área da Associação de Atletismo da América do Norte, Central e Caraíbas, tendo sido de 15 o número dos que obtiveram aprovação ao atingirem pontuação superior aos 70 pontos exigidos.
Sandra Colín (México), Cesar Rosales (Honduras), María Alfaro (México), Claudio Caban (Porto Rico), Luís Quijano (Costa Rica), Belkis Mañón (República Dominicana), Roberto Apaceiro (Cuba), Ricardo Servin (México) e Jorge González (São Salvador) serão os juízes que integrarão o novo painel centro-americano (nível II da AIFA).
Igualmente certificados estão os juízes Gabriel Roldan (México), Jorge Vega e Miladys Hurtado (Cuba), Carmen Martínez e Blanca Abrego (São Salvador) e Lúcia Ríos (Peru), esta pertencente à Confederação Sul-americana de Atletismo.
Aguarda-se que seja possível a organização de uma certificação apenas para países de língua inglesa (EUA e Canadá) a fim de se completar o painel que vigorará até 2015.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Caminhadas e marcha atlética animam a Sertã

Ponte da Carvalha. Foto: C.M. Sertã
O Grupo Desportivo de São Domingos, com o apoio da Câmara Municipal da Sertã, vai realizar neste sábado, 26 de Março, actividades de caminhadas e marcha atlética, integradas no 8.º Grande Prémio do Pinhal (corrida), que percorrerão as principais artérias da vila da Sertã, situada no distrito de Castelo Branco.

Como o próprio cartaz da competição refere, a iniciativa pretende constituir uma actividade promocional de apresentação da marcha atlética como disciplina olímpica do atletismo e contará com a presença de alguns dos mais destacados especialistas em treino de preparação, em simultâneo com uma caminhada que pretende chamar a atenção para a importância da actividade física visando o bem-estar geral.
A partida será dada às 15.00 horas na Alameda da Carvalha (junto ao tribunal), prevendo-se grande adesão. As inscrições são gratuitas.
Serão entregues lembranças a todos os participantes destacando-se, pela sua originalidade, as peças de porcelana pintadas à mão.
No final, os participantes poderão saborear alguns dos mais tradicionais pratos da gastronomia local, num sempre salutar lanche de convívio que a entidade organizadora, liderada pelo entusiástico Joaquim Leitão, gentilmente proporciona aos visitantes.

Dudince terá presença valiosa nos 50 km marcha

A 30.ª edição do Grande Prémio Internacional de Dudince, prova integrada no circuito da Associação Europeia de Atletismo e pontuável para o Challenge da AIFA (categoria C), terá lugar na simpática e acolhedora localidade de Dudince, na Eslováquia, no próximo sábado, 26 de Março.

24 países dos cinco continentes já confirmaram a presença de atletas seus no evento, prevendo-se a participação do internacional e recordista português António Pereira na prova mais importante e tradicional do programa, os 50 km marcha.

Às 8.30 horas será dado o tiro de partida dos 50 km, às 10.00 horas terão início as provas de 10 km para juniores e, depois do almoço, pelas 14.00 horas, será a vez dos especialistas de 20 km (homens e mulheres).

Pavol Szikora (VSZ Kosice) foi o primeiro vencedor da prova maior do programa olímpico, em 1982, com 4.02.42 h. Em 2010, Rafal Augustyn (Polónia) venceu com 3.49.54 h. O recordista da competição, Yohann Diniz (França), realizou em 2009 o fantástico tempo de 3.38.45 h, actual recorde nacional de França.

A competição feminina, introduzida em 1986 na distância de 10 km, teve como sua primeira vencedora a atleta eslovaca Maria Rószaová (Madarsko) com 50.41 m. Em 1999, a competição feminina de seniores passou a ser disputada sobre 20 km. No ano passado triunfou Zusana Schindlerovà (República Checa), com 1.34.20 h, atleta que recentemente competiu nos campeonatos portugueses. A recordista da competição é a chinesa Hongjuan Song, com 1.28.37 h, tempo obtido na edição de 2005.

De referir ainda que os 20 km femininos serão Campeonatos da Eslováquia, os 20 km veteranos Campeonatos da Polónia e os 50 km Campeonatos Nacionais da República Checa, da Hungria, da Polónia e da Eslováquia.

O delegado da Associação Europeia de Atletismo é o conhecido inglês Peter Marlow, personalidade muito querida entre as gentes de Dudince. Em sessão solene da Câmara Municipal, realizada há alguns anos, foi-lhe outorgado o título de Cidadão Honorário.

'Almae matri' da organização, o carismático presidente da Câmara de Dudince, Stefan Pokl’uda, e Július Nyárjas, director da competição, pessoas realmente muito simpáticas e afáveis.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Raúl González e o treino dos mexicanos em altitude

Fotos: Alejandro Álvarez e Multimedia Visini
Em 1984, o atleta mexicano Raúl González sagrou-se campeão olímpico dos 50 km nos Jogos de Los Angeles, onde obteve também a medalha de prata nos 20 km, atrás do compatriota Ernesto Canto. Foi igualmente vencedor dos 20 km nas Taças do Mundo de 1977 (Milton Keynes) e de 1981 (Valência) e dos 50 km na Taça do Mundo de 1983 (Bergen). Actualmente é treinador de alguns dos mais destacados marchadores mexicanos, nos quais o México deposita as maiores esperanças de voltar à ribalta da marcha mundial. O texto que de seguida se transcreve foi publicado recentemente no jornal boliviano «La Razón» e fala sobre a presença de Raúl González em mais um estágio de marchadores em altitude, dias antes das provas de Chihuahua.

Vieram há 36 anos pela primeira vez para se treinarem. Os êxitos fazem-nos voltar todos os anos

O antigo campeão olímpico de marcha atlética mexicano Raúl González acaba de regressar à altitude de La Paz, mas agora na qualidade de treinador. Nos seus anos de atleta montou aqui o seu quartel-general de preparação antes das grandes competições internacionais e, com os bons resultados obtidos, procura hoje transmitir os seus conhecimentos aos atletas que treina e que estes sigam o seu exemplo e procurem os sucessos que alcançou.

González veio como atleta pela primeira vez a La Paz em 1975 e durante quase três décadas fez longos estágios nas margens do lago Titicaca. «Existem aqui condições extraordinárias para o nosso trabalho», afirma.

Chegar a La Paz naquela ocasião foi como entrar num quarto escuro e desconhecido. «Com a passagem dos anos fomos aprendendo. O doutor Mario Paz Zamora, o Instituto Boliviano de Biologia da Altitude e autoridades do México e da Bolívia permitiram-nos melhorar a investigação [sobre o trabalho em altitude], os parâmetros para experimentação de métodos de trabalho e conseguir resultados.»

A história dos resultados obtidos pelos mexicanos na marcha atlética foi produto dos estágios em altitude, nas margens do Titicaca. «Em todo o mundo não há outro desporto ou outros atletas que tenham conseguido os melhores resultados como nós conseguimos com os estágios na Bolívia. Fiz 13 ao longo da minha carreira e durante 10 anos fui o melhor do mundo.»

Para trabalhar em altitude, 3.000 metros ou mais acima do nível do mar, González defende que o acampamento deve durar entre 30 e 35 dias para uma adaptação conveniente.

«Habituámo-nos a trabalhar na pré-temporada a uma altitude intermédia de 2.400 metros e isso deu resultados. Depois, subir durante um mês para 2.600 metros. Outro mês a 3.200 metros. Quando se chega a La Paz (mais de 3.600 metros), a nossa diferença já anda só pelos 600 a 800 metros. O  processo de adaptação é gradual e paulatino para adquirir glóbulos vermelhos e hemoglobina. Mas só com atletas de alto rendimento, com um mínimo de seis anos de trabalho e 30.000 quilómetros nas pernas, se pode alcançar o nível máximo. Com principiantes não funciona.»

Em La Paz procede-se a uma adaptação de oito dias para se avançar então para quatro semanas de trabalho, que devem terminar entre cinco e 25 dias antes da competição, conforme as mudanças de horário, que podem fazer variar o cronograma. Se o atleta for competir na Ásia (China ou Japão) será aos 15 dias. Na Europa, 12 ou 13, e assim por diante», indica.

Raúl González dirige actualmente uma equipa mexicana que chegou a La Paz há quatro semanas e durante todo este tempo trabalhou em lugares como Achacachi, Peñas, Tiquina e Warisata. Previamente, em Novembro, tinham estado em Chacaltaya.

O grupo viajou ontem para Chihuahua, a fim de competir na Taça Internacional, que se realiza a 5 de Março. É composto por: Christian Berdeja, David Mejía, José Leyber, José Ventura y Horacio Olivares. Em Julho regressam, para terminar o processo até meados de Agosto, antes de seguirem para os mundiais da Coreia (27 de Agosto a 4 de Setembro).

Eugenio Aduviri – «La Razón» (http://www.la-razon.com/)

quarta-feira, 23 de março de 2011

XV Taça Pan-americana de Marcha na Colômbia no próximo fim-de-semana



Nos próximos dias 26 e 27 deste mês vai realizar-se a Taça Pan-americana de Marcha Atlética, competição que servirá de selecção para os Jogos Pan-americanos a realizar este ano em Guadalajara, n oMéxico, e também para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

O evento terá lugar em Envigrado, na Colômbia, localidade situada no sul do Vale de Aburra, a 10 km de Medellín e a uma altitude de 1575 metros. Com uma população de 116 mil habitantes, a temperatura nesta época do ano ronda os 21 graus centígrados.

Dezasseis países já confirmaram a presença na competição, que será realizada num circuito de 2500 metros, em forma de ‘L’. No sábado (26) terão lugar, às 9.00 horas os 20 km femininos, às 11.00 horas os 10 km juniores masculinos, às 15.00 horas os 10 km juniores femininos, finalizando-se a sessão de provas com a disputa dos 20 km masculinos, pelas 16.00 horas. No domingo (27), pelas 7.30 horas, será dada a partida dos 50 km masculinos.

O delegado técnico da competição é Ruben Aguilera (Argentina) e os juízes de marcha nomeados são Cándido Velez (Porto Rico, juiz-chefe), Jorge Bona (Argentina), Washington Alvarez (Peru), Raomir Hernández (Venezuela), Maryanne Daniel (EUA) e Jorge González (El Salvador).

Os fabulosos tempos de Diniz em Reims

Thierry Toutain e Yohann Diniz.
Fotos: Dominique Guebey e
AFP-François Nascimbeni
Durante 14 anos e meio, o francês Thierry Toutain manteve-se na posse do recorde mundial dos 50 mil metros marcha, com a marca de 3.40.57,9 h, estabelecida em 1996 na cidade de Héricourt e que acaba de ser suplantada pelo compatriota Yohann Diniz, retirando-lhe cinco minutos e meio (3.35.27,2). A comparação dos tempos parciais por quilómetro permitem perceber onde foi feita a diferença entre a marca de 1996 e a que Diniz alcançou no passado dia 12 de Março.

O quilómetro de abertura de cada um dos atletas deu indicação da disposição inicial de um e de outro. Enquanto Toutain abria a sua prova de 1996 com 4.20 m, Diniz contentava-se com 4.29 m, começando a acumular uma desvantagem que assentava nesses distintos níveis de ritmo. Na prova de 1996, os primeiros cinco quilómetros rondaram o andamento aproximado de 4.20 m cada mil metros, o que determinou que, em 2011, o ataque ao recorde registasse um atraso de 28 segundos no final da primeira légua.

A desvantagem de Johann Diniz continuaria a aumentar, atingindo o ponto máximo à passagem dos 13 quilómetros: 45 segundos mais do que na passagem de Toutain, quando Diniz rolava a 4.23 m por quilómetro, mais três segundos que a referência de 1996.

Na prova de Héricourt, era o momento em que Thierry Toutain começava a baixar o ritmo, ao passo que Diniz mantinha uma velocidade estabilizada entre 4.21 e 4.23 m, com poucas variações, para cima ou para baixo.

A partir dos 20 quilómetros, Diniz revelaria ritmos consistentemente a rondar 4.20 m ou até um pouco menos, como os 4.17 m marcados ao 30.º quilómetro. Nessa fase da competição, já Diniz estava em vantagem sobre as passagens de Toutain, a quem «ultrapassou» aos 27 quilómetros, para nunca mais deixar de estar à frente da marca de 1996.

Até aos 35 quilómetros de esforço, Yohann Diniz foi mantendo aquela intensidade de ritmo, mas, a partir do momento em que a última «lebre» saiu de cena, o marchador de Reims entrou na fase mais espectacular do seu ataque ao recorde mundial, ganhando em cada quilómetro entre 10 e 20 segundos até aos 45 quilómetros e, na derradeira légua, sucessivamente 28, 23, 22, 26 e 26 segundos.

Mas, mais do que a vantagem que Diniz foi acumulando no momento da verdade (ou seja, a partir do momento em que ficou sozinho em prova, aos 35 km), espanta o ritmo que se impôs a si próprio: entre 4.13 e 4.18 dos 35 aos 40 km; entre 4.04 e 4.12 na penúltima légua; entre 4.04 e 4.07 nos últimos cinco quilómetros. Fabuloso! Toutain, nas últimas léguas da prova de 1996, dificilmente conseguia fazer menos de 4.30 m por quilómetro.

Provavelmente, a marca agora registada em Reims poderá subsistir por longos anos, sobretudo se a energia de Johann Diniz for canalizada para o ataque ao recorde absoluto em estrada. De qualquer forma, o recorde obtido na pista de Reims roça a fronteira do humano, que ninguém sabe onde fica mas que qualquer um pode reconhecer não andar longe dos terrenos pisados pelo marchador francês.

terça-feira, 22 de março de 2011

Rio Maior recebe a elite da marcha mundial

Atletas russos, mexicanos, espanhóis, italianos e de várias outras proveniências rumarão a Rio Maior, palco, dia 9 de Abril, da segunda etapa do Challenge Mundial de Marcha da Associação Internacional de Federações de Atletismo (AIFA).

A organização, da responsabilidade da Câmara Municipal de Rio Maior, da Desmor e do Clube de Natação de Rio Maior, prepara-se para receber com todo o carinho e ainda o apoio das gentes de Rio Maior, como é seu apanágio, a fina flor da marcha atlética mundial.

A comemorar o 20.º aniversário, o Grande Prémio Internacional de Rio Maior será realizado no centro da cidade de Rio Maior, num circuito de 1.000 metros, e incluirá no programa os 20 km femininos, às 17:00 horas, e os 20 km masculinos, às 17.30 horas realizando-se, ainda, provas de promoção para todos os escalões etários.

Ao longo das edições já realizadas passaram por Rio Maior atletas dos cinco continentes, representando 40 países.

Em 2010, nos 20 km femininos, a portuguesa Vera Santos inscreveu, pela primeira vez, o seu nome na galeria dos vencedores, com 1.29.16. Melanie Sieger (Alemanha) foi a segunda, com 1.30.11 e a terceira, Júlia Takacs (Espanha), com 1.30.22. Nos 20 km masculinos, o triunfador foi o norueguês Erik Tysse, com 1.20.08, seguido de Yohann Diniz (França), com 1.20.23, e Zhen Wang (China), com 1.20.42.

O leitores poderão aceder a
www.cm-riomaior.pt/gpmarcha para consultar o "site" da competição.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Chineses dominam em Lugano

Hong Liu. Foto: AIFA
Os marchadores chineses actualmente a residir e a treinar no Centro Internacional de Treino de Saluzzo, no Norte de Itália, impuseram um domínio quase esmagador nas provas masculina e feminina de 20 km do Troféu Lugano – 9.º Memorial Mario Albisetti, disputado este domingo naquela cidade suíça.

Nos masculinos, Zhen Wang impôs-se com 1.18.37 m, à frente dos compatriotas Yafei Zhu (1.18.38) e Ding Chen (1.19.39). No sector feminino, Hong Liu cumpriu as quatro léguas em 1.29.29 h, acabando por superar a russa Tatiana Sibileva (1.30.37), que comandara a prova isolada ao longo de dez quilómetros. No terceiro posto terminou Ni Gao (China), com 1.30.46 h.

Entre os portugueses, Ana Cabecinha foi quarta na competição feminina, com 1.31.08 h (mínimo A para os mundiais de Daegu), enquanto Sérgio Vieira abandonou a prova masculina cerca dos 12 km, depois de ter registado 40.47 m à passagem pelos 10 km.

Resultados
20 km masculinos
1.º, Zhen Wang (China), 1.18.37
2.º, Yafei Zhu (China), 1.18.38
3.º, Ding Chen (China), 1.19.39
4.º, Hassanine Sebei (Tunísia), 1.20.19
5.º, Robert Heffernan (Irlanda), 1.20.54
6.º, Nazar Kovalenko (Ucrânia), 1.21.34
7.º, Piotr Trofimov ((Rússia), 1.21.48
8.º, Bertrand Moulinet (França), 1.21.50

20 km femininos
1.ª, Hong Liu (China), 1.29.29
2.ª, Tatiana Sibileva (Rússia), 1.30.37
3.ª, Ni Gao (China), 1.30 46
4.ª, Ana Cabecinha (Portugal), 1.31.08
5.ª, Zuzana Schindlerova (Rep. Checa), 1.32.10
6.ª, Yanfei Li (China), 1.33.00
7.ª, Irina Umanova (Rússia), 1.33.09
8.ª, Lingling Tong (China), 1.33.14

domingo, 20 de março de 2011

Luís Silva ganha segundo título em Gent

Foto: Atletismo Master PT
Luís Silva conquistou esta manhã a segunda medalha de ouro nos VIII Campeonatos da Europa de Atletismo para Veteranos, que hoje terminaram em Gent (Bélgica), ao triunfar na prova de estrada de 5 km marcha referente ao escalão M40, com o tempo de 20.55 m. O marchador de Torres Vedras teve nesta prova a mesma companhia de pódio que dois dias antes na competição de 3000 metros: o sueco Christer Svensson foi segundo, com  23.14 m; o alemão Steffen Meyer foi terceiro, com 24.01 m, tendo terminado dez atletas do escalão.

No conjunto de todos os escalões, a marca de Luís Silva foi superada por um único atleta, o espanhol Miguel Ángel Prieto, vencedor dos M45 com 20.38 m. À semelhança do que já acontecera na jornada de sexta-feira, também nestes 5 km Prieto estabeleceu novo recorde mundial do seu escalão, superando o anterior máximo de 20.54 que desde 1991 estava na posse do neozelandês Gary Little. Miguel Ángel Prieto foi uma grande figura mundial da marcha atlética na transição dos anos 80 para 90 do século passado, estando há cerca de um ano a retomar a actividade competitiva após quase 20 anos sem marchar.

No sector feminino, Maria Alice Fernandes conquistou a medalha de prata do escalão W55, com a marca de 27.32 m. A vencedora foi a britânica Anne Wheeler, com 26.44 m, numa prova em que o pódio foi completado pela italiana Natali Marcenco (27.57). Como se nota, o pódio da prova foi quase igual ao de anteontem nos 3000 m, com a diferença de terem trocado de posição as duas primeiras classificadas. Classificaram-se mais onze atletas.

Competindo no escalão M75, José Bom classificou-se na 11.ª posição, averbando 39.54 m. O vencedor foi o letão Irbe Zigurds, com 30.05 m, num escalão com onze concorrrentes

Terminados estes campeonatos, a marcha portuguesa conquistou mais quatro medalhas, sendo três de ouro e uma de prata. Os marchadores veteranos europeus têm agora novo encontro marcado para 13 a 15 de Maio, nas cidades francesas de Thionville e Yutz, onde decorrerão os XII Campeonatos da Europa de Estrada.

sábado, 19 de março de 2011

Rumo a Olhão – revisitando a Taça da Europa de Marcha de 2003 (V edição)

Foto: Webshots Channel
Em 18 de Maio de 2003, Cheboksary (Rússia), alfobre de campeões europeus, mundiais e olímpicos de marcha atlética, assistiu a um dos seus momentos desportivos mais altos com a realização da Taça da Europa de Marcha, competição que contou com a participação de 233 atletas, em representação de 27 países.

A espectacular cerimónia de abertura com o estádio lotado (20 mil espectadores) e ainda o incrível número de 50 mil pessoas a assistir ao desenrolar das provas e à cerimónia de encerramento foram alguns dos factos que mais marcaram o evento.

Portugal fez-se representar por 11 atletas e, a título individual, João Vieira voltou a ser o atleta com a melhor prestação, fazendo o excelente tempo de 1.21.01 h nos 20 km masculinos, que lhe valeu o 4.º lugar, a apenas cinco segundos da medalha de bronze. No mesmo patamar há a salientar o 5.º lugar de Susana Feitor nos 20 km femininos, com a marca de 1.29.08 h.

Porém, a grande surpresa revelou-se no seleccionado dos 50 km, que ficou para a história da especialidade no nosso país ao alcançar a medalha de bronze. Heróis de tal façanha: Pedro Martins (10.º), Jorge Costa (20.º) e Luís Gil (24.º). O outro componente da selecção, Mário Contreiras, viria a desistir.

Os outros participantes lusos foram, nos 20 km masculinos, Augusto Cardoso (21.º), nos 20 km femininos, Vera Santos (19.ª), Inês Henriques (32.ª) e Maribel Gonçalves (37.ª) e, nos 10 km juniores femininos, Ana Cabecinha (14.ª), em estreia. Colectivamente, Portugal classificou-se num meritório 5.º lugar nos 20 km femininos.

Atletas da Rússia obtiveram o maior número de vitórias. Nos 50 km, os três primeiros lugares foram para os atletas da “casa”, com a vitória a sorrir a German Skurigin, com 3.47.50 h. Nos 20 km masculinos, o triunfo foi para Francisco Fernández (Espanha), com 1.19.48 h, e, nos mais jovens, Andrey Yurkin (Ucrânia) venceu os 10 km juniores masculinos em 41.32 minutos. Por equipas, a Espanha surpreendeu com a vitória nos 20 km masculinos, a Rússia esmagou nos 50 km, triunfando ainda nos 10 km juniores masculinos.

Nas senhoras, Elena Nikolaeva (Rússia) venceu com 1.26.22 h nos 20 km femininos e, nas juniores (10 km), a sua compatriota Irina Petrova destacou-se, com 46.54 m. A Itália triunfou na prova maior e a Rússia nas juniores.

A delegação portuguesa foi chefiada por Norberto Correia e enquadraram os atletas os treinadores Jorge Miguel, Paulo Murta e José Magalhães. O médico foi o Dr. Pedro Branco e o massagista, Rachid Boukarov. Luís Dias também esteve presente, em funções no âmbito da Comissão de Marcha da Associação Europeia de Atletismo, tendo integrado o júri de apelo da competição.

Foram os seguintes os juízes de marcha designados pela Associação Europeia de Atletismo: Janusz Krynicki (Polónia, juiz-chefe), Valery Suntsov (Rússia), Nicola Maggio (Itália), Dolores Rojas (Espanha), Rolf Muller (Alemanha), Ionnis Griogliou (Grécia), Miloslav Lapka (República Checa), Silvia Hanusova (Eslováquia) e Bent Bundgaard (Dinamarca).

sexta-feira, 18 de março de 2011

Medalhas de ouro para Luís Silva e Alice Fernandes nos Europeus de Veteranos

Excelentes, os resultados dos portugueses no primeiro dia de provas de marcha dos Europeus de Veteranos que decorrem em Gent, na Bélgica, reservado à disputa dos 3.000 metros em pista coberta.

Luís Silva conquistou a sua primeira medalha de ouro numa grande competição internacional. Competindo no escalão M40, o atleta da Associação Académica de Coimbra foi secundado pelo sueco Christer Svensson, impondo-se com 12.36,54 m, menos de um minuto e dois segundos que o directo perseguidor (13.38,21). A medalha de bronze foi para o alemão Steffen Meyer, com 14.05,92 m. Participaram oito atletas neste escalão.

Maria Alice Fernandes voltou a arrecadar o ouro numa já vasta colecção de medalhas obtidas em europeus e mundiais de veteranos. A atleta de Lourosa competiu no escalão M55 e venceu com o tempo de 16.13,00 m. Anne Wheeler, da Grã-Bretanha, foi a segunda, com 16.21,66 m, e Natali Marcenco, de Itália, a terceira, com 17.06,46 m. Foram 14 as atletas que alinharam à partida deste escalão.

Na outra prova com participação lusa, no escalão M75, José Bom classificou-se na 11.ª posição, com o tempo de 24.17,35 m. O título foi para o letão Irbe Zigurds, com 17.57,09 m, seguido do russo Sémen Tskrov, com 19.36,56 m, e do letão Andrejs Vacietis, com 19.37,61 m. Participaram 11 atletas.

Facto relevante a destacar foi a obtenção de novo recorde mundial de 3.000 metros marcha de pista coberta na categoria masculina M45, através do marchador espanhol Miguel Ángel Prieto, com o tempo de 12.14,77 m. A anterior marca pertencia desde 1999 ao checo Parys, com 12.21,55 m.

No cômputo das provas de marcha já realizadas, a Alemanha contabiliza cinco medalhas de ouro, Portugal, Espanha, Itália e Finlândia têm duas cada, Eslovénia, Irlanda, Rússia, Letónia, Ucrânia e França arrecadaram uma.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Lugano com Ana Cabecinha e Sérgio Vieira em competição de alto nível

No próximo domingo, 20 de Março, na cidade suíça de Lugano realizar-se-á mais uma edição do Troféu Lugano – Memorial Mario Albisetti, prova integrada no circuito da Associação Europeia de Atletismo e pontuável para o Challenge da AIFA.

Numa competição que se antevê de muito boa qualidade técnica, é esperada a presença dos internacionais portugueses Ana Cabecinha (CO Pechão) e Sérgio Vieira (CN Rio Maior).

Os 20 km femininos têm o início marcada para as 9h55, estando inscritas 46 atletas; os 20 km masculinos começam cinco minutos depois, com a participação de 81 atletas.

Muitos e valiosos atletas estarão em compita, quer no sector masculino quer no feminino, destacando-se a presença de alguns dos melhores atletas mundiais representando países como a China, a Rússia, a Bielorrússia e a França, entre muitos outros.

O troféu realiza-se desde 2003, com grande sucesso nos últimos anos, e já teve como vencedores, nos homens, Roberto Defendenti (Itália) em 2003 e 2004, Michele Didoni (Itália) em 2005, Viktor Ginko (Bielorússia) em 2006, Mário José dos Santos (Brasil) em 2007, Daniel Paris (Itália) em 2008, Aleksander Yargunkin (Rússia) em 2009 e Alex Schwazer (Itália) em 2010 (recorde da competição com 1.18.24). Nas senhoras, Natalia Bruniko (Itália) triunfou em 2003 (10 km), Marie Polli (Suíça) em 2004, Laura Polli (Suíça) em 2005 e 2006, Elisa Rigaudo (Itália) em 2007, Suzana Schindlerova (República Checa) em 2008, Johanna Jackson (Grã-Bretanha) em 2009, com recorde da competição (1.31.16), e Yanfei Li (China) em 2010.

A equipa de juízes de marcha é composta pelos internacionais Frédéric Bianchi (Suíça), juiz-chefe, Miloslav Lapka (República Checa), Peter Marlow (Grã-Bretanha), Rolf Mueller (Alemanha), Pierce O’Callaghan (Irlanda) e Hans van der Knaap (Holanda). Lamberto Vacchi (Itália) é o delegado nomeado pela Associação Europeia de Atletismo.

Os leitores poderão aceder a 
www.lugano-racewalking.com para consultar o «site», muito completo, da competição.